domingo, 8 de setembro de 2013

Orgulho e Preconceito


                                               Título Original: Pride and Prejudice
                                               Ano: 2005
                               

                Direção: Joe Wright

Há muito perambulando pelo Facebook andei vendo inúmeros stills e frases de Orgulho e Preconceito com a carinha da Keira Knightley estampada. Decidi assistir, mas como sempre faço, antes corri na biblioteca para ler a obra para posteriormente ver o longa. E como desta vez não poderia ser diferente, começarei pelo livro e depois seguirei pelo filme que é o objeto mais interessante para este blog.
Apesar de ter demorado séculos para terminar de ler (não se assustem, o livro é relativamente pequeno, eu que sou lerda!) valeu muito a pena. É uma obra muito leve e gostosa de desfrutar. Tem suas pegadas engraçadas, divertidas e o melhor, a moral da história é muito válida. Apesar de ter sido publicado em 1813 pela primeira vez, a linguagem e o tema se mantêm muito recentes agradando acredito eu, a qualquer um que se disponha a ter em mãos esse classicão de Jane Austen que pelo menos para mim ganha de disparada de qualquer Nicholas Sparks ou E.L James que venham a surgir por aí, mas gostos são gostos.
Os personagens são consideravelmente relevantes. Cada um guarda traços muito importantes para o decorrer da história. Elizabeth Bennet (Keira Knightley), esperta, inteligente, se recusa a casar apenas por interesses o que era algo dominante na época. Ela alimenta logo de cara um preconceito enorme pelo Sr. Darcy (Matthew MacFadyen), um rico homem que mantém amizade com o novo morador das redondezas Sr. Bingley. Darcy, bonitão e orgulhoso despreza Elizabeth na primeira vez em que se encontram e isso só a faz ter mais raiva dele. Entretanto, contudo, todavia, durante o desenrolar do enredo Darcy se mostra um verdadeiro gentleman e é quando nós leitoras/espectadoras românticas irremediáveis que assistimos ou lemos Orgulho e Preconceito  caímos de amores por ele. Obviamente há outros personagens muito interessantes a serem descritos, mas não vem ao caso.
O filme, ah o filme! Apesar de gostar muito do Joe Wright e da Keira, acredito que Orgulho e Preconceito não foi o melhor de suas parcerias, arrisco dizer que Desejo e Reparação (muito bom!) e Anna Karenina são melhores. O por quê? O longa deixa superficial alguns pontos que no livro são decisivos, características de personagens que deveriam ser melhores acentuadas, cenas são mudadas, a angústia dos personagens principais não é tão explorada quanto no livro e por isso acredito que comprometa o sentimento do espectador para com o enredo. No livro, cada virada de atitudes e decisões transmite certa insegurança quanto ao fim da história. No filme, essa passagem de impressões fica um pouco a desejar. Agora quanto à mudança de cenas, apesar de ser algo que diferencia um pouco da obra original, dão certamente um tom muito mais legal à história. Aquela famosa e consagrada cena da chuva, por exemplo, no livro não há nada disso e, no entanto toda a fotografia daquela parte ficou simplesmente linda!
No mais, aconselho aqueles que acham sempre mais graça em ler primeiro para depois ver o filme em caçar na biblioteca de sua cidade essa obra da Janinha Austen que certamente não desapontará. Agora, que fique claro, uma vez lido o livro, o filme pode perder totalmente o encanto que muitos que não conheciam a história têm ao assistir.