domingo, 17 de novembro de 2013

Cazuza - O Tempo Não Pára

                                                      Ano: 2004
                                                      Direção: Sandra Werneck e Walter Araújo

Desde criança gostava muito de ouvir Cazuza no carro com o meu pai que era muito fã tanto dele, quanto do Barão Vermelho. Lembro-me de que quando o filme foi lançado em 2004, achei ele pela casa e pedi para assistir, meus pais não deixaram e nunca mais vi o DVD, hoje entendo o porquê rs.
O filme baseado no livro escrito pela mãe do cantor, Lucinha Araújo, narra a trajetória deste ícone da música dos anos 80 com todos os seus vícios e erros cometidos ao longo da breve e intensa vida. Durante essa uma hora e meia de filme, podemos conhecer um pouco do Cazuza mimado, boyzinho, drogado, promíscuo e genial. Porém, segundo o próprio Frejat, o filme esquece-se das virtudes de Agenor de Miranda Araújo Neto destacando apenas seus defeitos, seu antigo companheiro de banda ainda diz que "Cazuza era melhor do que no filme" e que diversas discrepâncias com a realidade foram apresentadas ao longo do roteiro, no entanto não tira o brilho do cinebiografia.
O elenco é ótimo, mas é claro que o brilho maior e recai praticamente que inteiro sobre o sempre ótimo Daniel de Oliveira, que encarnou de corpo e alma os trejeitos de Cazuza, o mais impressionante porém foi a transformação do ator no final quando interpreta o músico já padecendo de AIDS.
Sem mais delongas, Cazuza - O Tempo Não Pára é certamente um dos bons filmes brasileiros produzidos. Para os apreciadores da melhor época do rock verde e amarelo, o longa é um prato cheio para se conhecer um pouco mais dessa figura tão escutada e reproduzida nos barzinhos da vida.

domingo, 8 de setembro de 2013

Orgulho e Preconceito


                                               Título Original: Pride and Prejudice
                                               Ano: 2005
                               

                Direção: Joe Wright

Há muito perambulando pelo Facebook andei vendo inúmeros stills e frases de Orgulho e Preconceito com a carinha da Keira Knightley estampada. Decidi assistir, mas como sempre faço, antes corri na biblioteca para ler a obra para posteriormente ver o longa. E como desta vez não poderia ser diferente, começarei pelo livro e depois seguirei pelo filme que é o objeto mais interessante para este blog.
Apesar de ter demorado séculos para terminar de ler (não se assustem, o livro é relativamente pequeno, eu que sou lerda!) valeu muito a pena. É uma obra muito leve e gostosa de desfrutar. Tem suas pegadas engraçadas, divertidas e o melhor, a moral da história é muito válida. Apesar de ter sido publicado em 1813 pela primeira vez, a linguagem e o tema se mantêm muito recentes agradando acredito eu, a qualquer um que se disponha a ter em mãos esse classicão de Jane Austen que pelo menos para mim ganha de disparada de qualquer Nicholas Sparks ou E.L James que venham a surgir por aí, mas gostos são gostos.
Os personagens são consideravelmente relevantes. Cada um guarda traços muito importantes para o decorrer da história. Elizabeth Bennet (Keira Knightley), esperta, inteligente, se recusa a casar apenas por interesses o que era algo dominante na época. Ela alimenta logo de cara um preconceito enorme pelo Sr. Darcy (Matthew MacFadyen), um rico homem que mantém amizade com o novo morador das redondezas Sr. Bingley. Darcy, bonitão e orgulhoso despreza Elizabeth na primeira vez em que se encontram e isso só a faz ter mais raiva dele. Entretanto, contudo, todavia, durante o desenrolar do enredo Darcy se mostra um verdadeiro gentleman e é quando nós leitoras/espectadoras românticas irremediáveis que assistimos ou lemos Orgulho e Preconceito  caímos de amores por ele. Obviamente há outros personagens muito interessantes a serem descritos, mas não vem ao caso.
O filme, ah o filme! Apesar de gostar muito do Joe Wright e da Keira, acredito que Orgulho e Preconceito não foi o melhor de suas parcerias, arrisco dizer que Desejo e Reparação (muito bom!) e Anna Karenina são melhores. O por quê? O longa deixa superficial alguns pontos que no livro são decisivos, características de personagens que deveriam ser melhores acentuadas, cenas são mudadas, a angústia dos personagens principais não é tão explorada quanto no livro e por isso acredito que comprometa o sentimento do espectador para com o enredo. No livro, cada virada de atitudes e decisões transmite certa insegurança quanto ao fim da história. No filme, essa passagem de impressões fica um pouco a desejar. Agora quanto à mudança de cenas, apesar de ser algo que diferencia um pouco da obra original, dão certamente um tom muito mais legal à história. Aquela famosa e consagrada cena da chuva, por exemplo, no livro não há nada disso e, no entanto toda a fotografia daquela parte ficou simplesmente linda!
No mais, aconselho aqueles que acham sempre mais graça em ler primeiro para depois ver o filme em caçar na biblioteca de sua cidade essa obra da Janinha Austen que certamente não desapontará. Agora, que fique claro, uma vez lido o livro, o filme pode perder totalmente o encanto que muitos que não conheciam a história têm ao assistir.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Violinista que Veio do Mar


                                                           Título Original: Ladies in Lavender
                                                           Ano: 2007
                                                           Direção: Charles Dance

        Em uma das minhas peregrinações pelo Youtube encontrei este filme que em primeiro momento não me pareceu muito promissor, mas mesmo assim corri os olhos pelos comentários que eram bem favoráveis. Resolvi então baixá-lo já que a versão do Youtube era dublada.
       O enredo gira em torno de duas irmãs de idade, Ursula (Judi Dench) e Janet (Maggie Smith) que vivem juntas pacatamente em uma casa na pequena vila de Cornwell no norte da Inglaterra em plena I Guerra Mundial e é então que suas vidas mudam quando encontram um misterioso violinista (Daniel Brühl) desmaiado na praia. Elas o levam para casa e o enchem de cuidados. Logo passam a descobrir mais sobre o rapaz e a desenvolver sentimentos por ele.
       
Daniel Brühl como Andrea
O Violinista que Veio do Mar realmente não é um filme agitado ou que dá para assistir com os amigos para se divertir. Ele tem um ritmo propositalmente lento e se baseia em uma história muito doce e sensível. Tudo é construído em extrema delicadeza: cada cena, cada gesto, cada fala dos personagens e também (se não principalmente) as músicas contribuem para criar uma atmosfera bem bonita que deixa qualquer espectador sensibilizado. Se Hebe estivesse aqui para comentar sobre este filme certamente diria "Graciiiiiinha!". Super recomendado! 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Somos Tão Jovens



                                               


                                              Ano: 2013
                                              Direção: Antônio Carlos da Fontoura


           Este é o ano do Renato Russo, sem mais.
         Quando ouvi falar sobre Somos Tão Jovens sinceramente não me interessei muito, pois minha ânsia maior era por Faroeste Caboclo. Pois bem, fui chamada a ir ao cinema ver o lançamento, confesso que quase desisti de última hora até por ter ouvido comentário ruins, mas por fim decidir ir, e olha, me surpreendi.
         Já não é de hoje que o cinema nacional deixou de ser apenas pornografia, palavrões e favelas e passou organizar obras biográficas, comédias, dramas, e até violência na medida certa. Nunca fui muito fã de filmes brasileiros por causa desses já citados motivos, mas muitas pessoas, assim como eu, devem se redimir e aplaudir o que anda vindo por aí.
Minha única,, chateação durante o filme foi ver que as cadeiras da sessão estavam quase todas vazias, víamos uns gatos pingados aqui e ali, mas faltou aquela gritaria, risos, choros e tudo o mais que faz assistir um filme em coletivo uma atividade legal, porém creio que talvez possa ter sido somente em minha cidade já que segundo fontes, milhares de espectadores foram assistir na estréia. Enfim, vamos ao que interessa.
            Para quem estava esperando algo totalmente ruim, o filme é bom. Ótimo? Não, bom. O enredo foca bastante na juventude de Renato Russo, não sou uma fã assídua para saber se a maioria dos fatos são verídicos ou não, mas mesmo assim, me convenceu. O longa contém um conteúdo suave, que enganou muita gente que pensava "Oh, cinebiografia de estrela do rock, promiscuidade total." Não meu filho, isso não é Cazuza O Tempo Não Pára. Por outro lado, achei até leve demais. Faltou um pouco da intensidade do Renato, dos momentos de introspecção, dos dilemas, das genialidades. É a história da adolescência até a formação do Legião Urbana passando é claro pelo famoso Aborto Elétrico que deu início à carreira do músico.
          Atuações. Hum, essa dá pano para a manga. Se você está pensando que vai sentar na sua confortável poltrona e se deparar com Wagner Moura, Taís Araújo ou José Wilker, desista. Os atores são bem aqueles retirados da Malhação (alguns são de verdade). Thiago Mendonça, que interpreta Renato, fez muito bem a sua parte, o jeito de falar, de gestuar, sem levar em conta que ficou a cara do mesmo, apesar que na hora de soltar a voz não passou muita firmeza  não, mas está mais ou menos perdoado, imagino como não deve ser fácil ter o tom grave de Renato. Teve algumas outras boas, algumas forçadas, mas uma que incomodou lá no fundo da alma foi a interpretação de Sérgio Dalcin como André Pretorius. O "Sid Vicious loiro" uma hora falava inglês, outras português com sotaque inglês e em outras, não é que ele se naturalizava brasileiro e falava nossa língua perfeitamente? Dinho Ouro Preto interpretado por Ibsen Perucci roubou a cena nas poucas partes em que apareceu, parece que tiraram um carimbo mais jovem do músico e colocaram no ator, parecidíssimo. Uma curiosidade também foi que o intérprete de Dado Villa-Lobos, é na verdade filho do próprio, interessante não?
        Outro ponto positivo do filme, são as pegadas engraçadas principalmente quando Renato descobre que John Lennon foi assassinado. "Oh Raimundo, dá a mão aqui, vamos rezar pelo John."Este é aquele típico longa que quando acende a luz do cinema você pensa: "Mas já? Ainda é cedo." E fica com uma sensação de que faltou algo e pensa que talvez haja uma continuação para preencher esse vazio final.      
       Então você aí funkeiro, pagodeiro, forrózeiro, classiqueiro, se você ainda não viu,veja. O filme vale para conhecer a história de um dos músicos mais importantes que por este Brasil já passaram.

               

sábado, 30 de março de 2013

Adeus, Lenin !




                                           Título Original: Good Bye Lenin!
                                           Ano: 2003
                                           Direção: Wolfgang Becker
Hoje tinha resolvido fazer um post diferente, ao invés de escritos e mais escritos, iria um vídeo interativo narrado por mim sobre o longa, mas não rolou, então que fique assim mesmo.
Sabe aqueles filmes indicados nas páginas de considerações finais do seu livro de geografia? Com certeza você já deu uma zapeada por lá e no capítulo correspondente à Guerra Fria encontrou Adeus, Lenin. Pois é ele que temos hoje aqui no LMEDC.
Daniel Brühl como Frederick Zoller em Bastardos Inglórios
Adiantando um pouco ao lançamento desse filme (2003), estava eu assistindo Bastardos Inglórios (outro filmaço) e fiquei falling in Love com o ator que interpreta Frederick Zoller, que é o Daniel Brühl gracinha (já dizia nossa comparsa Hebe). Fui fuçar na vida do rapaz e achei que ele protagonizava Adeus, Lenin. O filme me deu uma dor de cabeça imensa para conseguir baixar. Mas enfim, o conteúdo é ótimo e valeu a pena.
Todos sabem que após a Segunda Guerra Mundial, o mundo foi dividido pela Guerra Fria. E que durante esse período o mundo passou por um momento de tensão muito grande já que os EUA e a União Soviética estavam fortemente armados com bombas nucleares super potentes e que se os dois decidissem de fato se enfrentar e começar uma guerra, Adeus, Mundo. Pois bem, eis então que surge o Muro De Berlim, dividindo a Alemanha em oriental e ocidental, e é aí que a nossa história começa.
Adeus, Lenin é exatamente sobre isso, o filme relata de forma jovial as mudanças ocorridas no país após a queda do muro em 1989 que separava o capitalismo do socialismo, figurativamente falando, é claro. É leve, divertido e um pouco triste ao mesmo tempo. É inteligente sem ser maçante. Claro sem ser apelativo.
O interessante também é que o diretor, Wolfgang Becker é de fato alemão. Então meus filhos, esqueçam a visão americanizada, aqui o negócio é puramente germânico sem bobeirinha de heroísmo ianque. Sendo assim, temos nesse filme um ponto de vista muito válido que pode ajudar muita gente aí na hora da temida prova de geografia.
A fotografia, que é um ponto que eu não deixo de lado em momento alguma das nossas jornadas cinematográficas, é bonitinha, só que mais que bonitinha ela é expressiva, mostra o que tem de mostrar.
Uma pena ser um filme de tão pouco conhecimento e reconhecimento. Algo com uma carga informativa e história tão direta, que deveria ter chegado aos cinemas brasileiros, tenho certeza de que nem passou perto.  
 Enfim, assistam principalmente vocês amiguinhos e companheiros de ensino médio que querem ter uma noção a mais do que foi a divisão da Alemanha e você professores amados e idolatrados que pretendem dar uma aula interativa, Adeus, Lenin é uma boa escolha para ambas as partes. E é isso, sem maiores enrolações, um comentário sucinto desse filme que eu já virei fã de até decorar as falas.
Eeeee, como eu sei que não é fácil achar para fazer download, logo abaixo estou postando um site que disponibiliza o filme para vocês não se descabelarem procurando. A não ser que você conheça alguma locadora bem legal que disponibilize esse longa, no mais é isso . Adeus Amigos!

         Site para Download: http://www.downloadcult.com/2011/08/11/0975-adeus-lenin-2003/
Cena de Adeus, Lenin !


Nessa tarde de feriado, eis que me surge a idéia de fazer uma camiseta com o nome do filme estampado, não ficou perfeito (longe disso) mas o resultado foi esse :


segunda-feira, 25 de março de 2013

Diário de uma Paixão


                                                     Título Original: The Notebook
                                                     Ano: 2004
                                                     Direção: Nick Cassavetes

Toda vez que alguém cita filmes de romance sou a primeira a torcer o nariz. Quando dizem então que é obra do Nicholas Sparks aí a coisa fica feia. Mas não me julguem, deixem-me explicar: há uns meses atrás vi um surto de livros desse autor correndo de mão em mão das meninas e então me indicaram Querido John, que para mim foi um desgosto, pois o livro é ruim e o filme pior tanto que nem farei resenha.
Porém, contudo, todavia, entretanto, eis que na amizade marota me disseram para ver Diário de uma Paixão, nem me incomodei em ler primeiro e logo assisti ao longa. Não é que me surpreendi?
O filme é simplesmente lindinho e muito diferente das outras histórias que já ouvi circulando por ai da autoria de Sparks, meio clichê obviamente, mas não chega aos pés dos outros. Arrisco ainda a dizer que é a melhor obra que ele já fez.
É  meloso, mas muito diferente de Um Amor para Recordar por exemplo, que é até um pouco apelativo. Esse não, esse te envolve, é agradável, não cansa, te faz querer saber o final e claro, mostra uma equação muito inteligente: atores bonitos e talentosos + roteiro baseado em livro de sucesso + uma direção competente = chavão nas prateleiras dos cinéfilos romancistas.
                O filme é delicado, cheio de momentos comoventes e com uma fotografia bonita de se ver. Várias separações, brigas, desentendimentos, reviravoltas e tico-tico no fubá. Mostra o amor puro (ainda que utópico) entre um jovem casal que passa por cima de muitas coisas para se verem juntos ignorando todas as consequências que poderiam surgir daquele caso de verão. Conta ainda com uma “história paralela” que dá todo o sentido à trama e que só é revelada no final. Tudo bem ao gosto da moçada adolescente, especialmente nós meninas que adoramos soltar vários “awns” com as amigas ou encher a camisa do namorado de lágrimas assistindo a um dramalhão.
                E por último, às garotas: vejam, se iludam, e chorem muito por esse lindo filme. Aos garotos: vejam, aprendam a serem românticos e conquistem aquela gata contando a ela suas experiências cinematográficas.  

sábado, 23 de março de 2013

Anna Karenina


                                                      Título Original : Anna Karenina
                                                      Ano: 2012
                                                      Direção: Joe Wright


Fuçando em uma prateleira da biblioteca encontrei esse clássico russo escrito por Liev Tolstói e como já sabia que o filme estava por vir, resolvi ler. É uma obra grandiosa (quase uma Bíblia) e completa, um dos melhores volumes que já tive o prazer de ter nas mãos. Para os que gostam de se aventurar no mundo das palavras, aconselho e muito que antes que corram com a pipoca e o DVD para a sala de estar, leiam o livro de Anna Karenina.
Literatura à parte, vamos ao objeto direto desse texto. Como sempre, a direção de Joe Wright é belíssima com uma fotografia marcante e consistente como se pode constatar em seus trabalhos anteriores como Desejo e Reparação e Orgulho e Preconceito, sendo estes os mais notórios de sua carreira. O diretor tem o dom de tocar no emocional dos espectadores, quem assistiu ao primeiro citado sabe bem do que estou falando e com Anna Karenina não foi diferente. Wright fez um trabalho muito original e fiel ao livro, conseguiu captar alguns dos momentos mais importantes e decisivos apesar de terem faltado alguns que também seriam cruciais, porém não se pode julgar pois para se realizar um filme completíssimo, este teria de ter pelo menos 4 horas (sem exagero!).
Um ponto que chamou muito a atenção e contribuiu em grande escala para a parte interessante do filme, são as cenas que algumas vezes são passadas no palco de um teatro com direito a mudanças instantâneas e elenco e cenário. Foi uma jogada muito dinâmica e até divertida.
Quanto aos atores. Quando se pensa em filmes do Joe Wright uma atriz em especial vem em mente: Keira Knightley. Nos rumores iniciais sobre a história ser adaptada para o cinema novamente e que a direção cairia nas mãos deste diretor brilhante não havia quase nenhuma dúvida de quem seria a intérprete da heroína (?) da história. Sem problemas, Keira é uma atriz intensa e forte que soube muito bem ter a essência dual de Anna, a escolha foi perfeita e o papel de mulher independente caiu como uma luva para essa britânica. Outro que fez muito bem como sempre seu personagem foi Jude Law no lugar do marido enganado de Anna. Há também outro queridinho de Wright, Matthew MacFadyen que em Orgulho e  Preconceiro era par de romântico da personagem de Keira e em Anna Karenina interpreta o irmão dele Oblonsky, irônico não? Porém, com muita dor coração digo que um que não me convenceu em nada foi Aaron Taylor Johnson como Vronski. Um personagem tão importante, tão forte para a trama não pôde superar nenhuma expectativa em questões de atuação, pelo ao contrário, é um pouco forçada e não natural e isso percebe-se logo ao ver o trailer. Outro ponto negativo para ele talvez seja porque muitos não tiraram a imagem de John Lennon que possuem do ator desde que assistiram Garoto de Liverpool e agora imaginem, não seria nada interessante inserir o ilustre Beatle em uma trama extra-conjugal na Rússia czarista.
O longa também o Oscar de melhor trilha sonora, melhor design de produção e melhor figurino, vencendo este último. Muito bem merecido por sinal pois as confecções são impecáveis e originais remetendo totalmente ao século XIX. Entretanto uma pena não ter sido indicado melhor filme.
No mais, é um filme que eu indico sem sombra de dúvidas para os que curtem um drama choroso, porém bonito aos olhos.