sábado, 30 de março de 2013

Adeus, Lenin !




                                           Título Original: Good Bye Lenin!
                                           Ano: 2003
                                           Direção: Wolfgang Becker
Hoje tinha resolvido fazer um post diferente, ao invés de escritos e mais escritos, iria um vídeo interativo narrado por mim sobre o longa, mas não rolou, então que fique assim mesmo.
Sabe aqueles filmes indicados nas páginas de considerações finais do seu livro de geografia? Com certeza você já deu uma zapeada por lá e no capítulo correspondente à Guerra Fria encontrou Adeus, Lenin. Pois é ele que temos hoje aqui no LMEDC.
Daniel Brühl como Frederick Zoller em Bastardos Inglórios
Adiantando um pouco ao lançamento desse filme (2003), estava eu assistindo Bastardos Inglórios (outro filmaço) e fiquei falling in Love com o ator que interpreta Frederick Zoller, que é o Daniel Brühl gracinha (já dizia nossa comparsa Hebe). Fui fuçar na vida do rapaz e achei que ele protagonizava Adeus, Lenin. O filme me deu uma dor de cabeça imensa para conseguir baixar. Mas enfim, o conteúdo é ótimo e valeu a pena.
Todos sabem que após a Segunda Guerra Mundial, o mundo foi dividido pela Guerra Fria. E que durante esse período o mundo passou por um momento de tensão muito grande já que os EUA e a União Soviética estavam fortemente armados com bombas nucleares super potentes e que se os dois decidissem de fato se enfrentar e começar uma guerra, Adeus, Mundo. Pois bem, eis então que surge o Muro De Berlim, dividindo a Alemanha em oriental e ocidental, e é aí que a nossa história começa.
Adeus, Lenin é exatamente sobre isso, o filme relata de forma jovial as mudanças ocorridas no país após a queda do muro em 1989 que separava o capitalismo do socialismo, figurativamente falando, é claro. É leve, divertido e um pouco triste ao mesmo tempo. É inteligente sem ser maçante. Claro sem ser apelativo.
O interessante também é que o diretor, Wolfgang Becker é de fato alemão. Então meus filhos, esqueçam a visão americanizada, aqui o negócio é puramente germânico sem bobeirinha de heroísmo ianque. Sendo assim, temos nesse filme um ponto de vista muito válido que pode ajudar muita gente aí na hora da temida prova de geografia.
A fotografia, que é um ponto que eu não deixo de lado em momento alguma das nossas jornadas cinematográficas, é bonitinha, só que mais que bonitinha ela é expressiva, mostra o que tem de mostrar.
Uma pena ser um filme de tão pouco conhecimento e reconhecimento. Algo com uma carga informativa e história tão direta, que deveria ter chegado aos cinemas brasileiros, tenho certeza de que nem passou perto.  
 Enfim, assistam principalmente vocês amiguinhos e companheiros de ensino médio que querem ter uma noção a mais do que foi a divisão da Alemanha e você professores amados e idolatrados que pretendem dar uma aula interativa, Adeus, Lenin é uma boa escolha para ambas as partes. E é isso, sem maiores enrolações, um comentário sucinto desse filme que eu já virei fã de até decorar as falas.
Eeeee, como eu sei que não é fácil achar para fazer download, logo abaixo estou postando um site que disponibiliza o filme para vocês não se descabelarem procurando. A não ser que você conheça alguma locadora bem legal que disponibilize esse longa, no mais é isso . Adeus Amigos!

         Site para Download: http://www.downloadcult.com/2011/08/11/0975-adeus-lenin-2003/
Cena de Adeus, Lenin !


Nessa tarde de feriado, eis que me surge a idéia de fazer uma camiseta com o nome do filme estampado, não ficou perfeito (longe disso) mas o resultado foi esse :


segunda-feira, 25 de março de 2013

Diário de uma Paixão


                                                     Título Original: The Notebook
                                                     Ano: 2004
                                                     Direção: Nick Cassavetes

Toda vez que alguém cita filmes de romance sou a primeira a torcer o nariz. Quando dizem então que é obra do Nicholas Sparks aí a coisa fica feia. Mas não me julguem, deixem-me explicar: há uns meses atrás vi um surto de livros desse autor correndo de mão em mão das meninas e então me indicaram Querido John, que para mim foi um desgosto, pois o livro é ruim e o filme pior tanto que nem farei resenha.
Porém, contudo, todavia, entretanto, eis que na amizade marota me disseram para ver Diário de uma Paixão, nem me incomodei em ler primeiro e logo assisti ao longa. Não é que me surpreendi?
O filme é simplesmente lindinho e muito diferente das outras histórias que já ouvi circulando por ai da autoria de Sparks, meio clichê obviamente, mas não chega aos pés dos outros. Arrisco ainda a dizer que é a melhor obra que ele já fez.
É  meloso, mas muito diferente de Um Amor para Recordar por exemplo, que é até um pouco apelativo. Esse não, esse te envolve, é agradável, não cansa, te faz querer saber o final e claro, mostra uma equação muito inteligente: atores bonitos e talentosos + roteiro baseado em livro de sucesso + uma direção competente = chavão nas prateleiras dos cinéfilos romancistas.
                O filme é delicado, cheio de momentos comoventes e com uma fotografia bonita de se ver. Várias separações, brigas, desentendimentos, reviravoltas e tico-tico no fubá. Mostra o amor puro (ainda que utópico) entre um jovem casal que passa por cima de muitas coisas para se verem juntos ignorando todas as consequências que poderiam surgir daquele caso de verão. Conta ainda com uma “história paralela” que dá todo o sentido à trama e que só é revelada no final. Tudo bem ao gosto da moçada adolescente, especialmente nós meninas que adoramos soltar vários “awns” com as amigas ou encher a camisa do namorado de lágrimas assistindo a um dramalhão.
                E por último, às garotas: vejam, se iludam, e chorem muito por esse lindo filme. Aos garotos: vejam, aprendam a serem românticos e conquistem aquela gata contando a ela suas experiências cinematográficas.  

sábado, 23 de março de 2013

Anna Karenina


                                                      Título Original : Anna Karenina
                                                      Ano: 2012
                                                      Direção: Joe Wright


Fuçando em uma prateleira da biblioteca encontrei esse clássico russo escrito por Liev Tolstói e como já sabia que o filme estava por vir, resolvi ler. É uma obra grandiosa (quase uma Bíblia) e completa, um dos melhores volumes que já tive o prazer de ter nas mãos. Para os que gostam de se aventurar no mundo das palavras, aconselho e muito que antes que corram com a pipoca e o DVD para a sala de estar, leiam o livro de Anna Karenina.
Literatura à parte, vamos ao objeto direto desse texto. Como sempre, a direção de Joe Wright é belíssima com uma fotografia marcante e consistente como se pode constatar em seus trabalhos anteriores como Desejo e Reparação e Orgulho e Preconceito, sendo estes os mais notórios de sua carreira. O diretor tem o dom de tocar no emocional dos espectadores, quem assistiu ao primeiro citado sabe bem do que estou falando e com Anna Karenina não foi diferente. Wright fez um trabalho muito original e fiel ao livro, conseguiu captar alguns dos momentos mais importantes e decisivos apesar de terem faltado alguns que também seriam cruciais, porém não se pode julgar pois para se realizar um filme completíssimo, este teria de ter pelo menos 4 horas (sem exagero!).
Um ponto que chamou muito a atenção e contribuiu em grande escala para a parte interessante do filme, são as cenas que algumas vezes são passadas no palco de um teatro com direito a mudanças instantâneas e elenco e cenário. Foi uma jogada muito dinâmica e até divertida.
Quanto aos atores. Quando se pensa em filmes do Joe Wright uma atriz em especial vem em mente: Keira Knightley. Nos rumores iniciais sobre a história ser adaptada para o cinema novamente e que a direção cairia nas mãos deste diretor brilhante não havia quase nenhuma dúvida de quem seria a intérprete da heroína (?) da história. Sem problemas, Keira é uma atriz intensa e forte que soube muito bem ter a essência dual de Anna, a escolha foi perfeita e o papel de mulher independente caiu como uma luva para essa britânica. Outro que fez muito bem como sempre seu personagem foi Jude Law no lugar do marido enganado de Anna. Há também outro queridinho de Wright, Matthew MacFadyen que em Orgulho e  Preconceiro era par de romântico da personagem de Keira e em Anna Karenina interpreta o irmão dele Oblonsky, irônico não? Porém, com muita dor coração digo que um que não me convenceu em nada foi Aaron Taylor Johnson como Vronski. Um personagem tão importante, tão forte para a trama não pôde superar nenhuma expectativa em questões de atuação, pelo ao contrário, é um pouco forçada e não natural e isso percebe-se logo ao ver o trailer. Outro ponto negativo para ele talvez seja porque muitos não tiraram a imagem de John Lennon que possuem do ator desde que assistiram Garoto de Liverpool e agora imaginem, não seria nada interessante inserir o ilustre Beatle em uma trama extra-conjugal na Rússia czarista.
O longa também o Oscar de melhor trilha sonora, melhor design de produção e melhor figurino, vencendo este último. Muito bem merecido por sinal pois as confecções são impecáveis e originais remetendo totalmente ao século XIX. Entretanto uma pena não ter sido indicado melhor filme.
No mais, é um filme que eu indico sem sombra de dúvidas para os que curtem um drama choroso, porém bonito aos olhos.